Nossa Arquidiocese também está ativa, organizando debates e conscientizando, por meio da Pastoral da Ecologia.

A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025. De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é esperado um fluxo de mais de 40 mil visitantes durante os principais dias da Conferência. Deste total, aproximadamente 7 mil compõem a chamada “família COP”, formada pelas equipes da ONU e delegações de países membros.

Trata-se de um encontro global anual, onde líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. É considerado um dos principais eventos do tema no mundo.

Representando a Igreja no Brasil, a CNBB vem promovendo debates em todo o país, por meio das suas regionais e dioceses, com o objetivo de buscar a participação ativa da Igreja Católica na promoção de ações concretas para enfrentar a crise ambiental. A CNBB também lançou uma identidade visual “Igreja Rumo à COP30” para expressar seu compromisso com a ecologia integral e a justiça climática. 

Na nossa Arquidiocese o debate aconteceu no último dia 06 de junho na Catedral Nossa Senhora Aparecida. Agora, representantes daqui irão para a Pré-Cop30, que vai acontecer em Governador Celso Ramos/SC, nos próximos dias 18 a 20 de julho.

O nosso Bispo Auxiliar, Dom Aparecido Donizeti é o bispo referência da CNBB para a Pastoral da Ecologia. Ele explica que o tema escolhido para esse encontro da macrorregião Sul será “Igreja Rumo à COP 30”. “Este encontro formativo tem como objetivo sensibilizar e capacitar lideranças da Igreja, promovendo a conversão ecológica e o fortalecimento da incidência socioambiental de nossas comunidades, em preparação para a COP 30”. 

Foco na macrorregião

Em linhas gerais, este evento vai contar com painéis abordando o clima em tempos de crise e o papel da Igreja na Macrorregião Sul. Também terá mesa com apresentação de iniciativas locais e a preparação de uma Carta-Compromisso “Preparação para a COP 30: Um chamado à conversão ecológica, transformação e resistência às falsas soluções climáticas,” a qual contará com os compromissos assumidos pelos regionais na construção da agenda da macrorregião Sul.

De acordo com Dom Donizeti, a ideia não é levantar propostas e sugestões para a COP 30, mas sim tendo presente a COP 30 com toda reflexão e aprofundamento em torno às questões climáticas que serão tratadas. “Nós, como Igreja presente nestes três regionais, queremos à luz do evangelho e dos ensinamentos do magistério adentrarmos também nestas mesmas questões e, acima de tudo, assumir compromissos concretos, sobretudo em nossas realidades locais (sem perder de vista a realidade global) em vista do cuidado e preservação da Casa Comum”, explicou.  

Como a participação a este encontro de Santa Catarina está limitada pelo número de vagas, Dom Donizeti ressalta que cada diocese assumiu o compromisso de realizar um encontro local até primeira quinzena de junho. “Penso que tenha sido possível favorecer para lideranças de pastorais, movimentos e organismos e outras pessoas que quisessem participar, a oportunidade também de refletir e aprofundar em torno do tema,” disse.

A expectativa para a COP30

 “Um dos painéis que iremos aprofundar será sobre ‘os avanços e limitações das COPs (Conferências das Partes), suas implicações políticas e a necessidade de ações efetivas das partes, para enfrentar a emergência climática’. Isso significa que nas anteriores, infelizmente, muitos dos compromissos assumidos diante da crise climática nem sempre foram assumidos com a devida seriedade por parte países envolvidos”, enfatizou Dom Donizeti.

Ele ressalta que, “diante disso sempre somos chamados a acreditar que é possível que tudo o que vai ser aprofundado nessa COP 30 seja assumido com seriedade e responsabilidade. Assim, a esperança é que todos os participantes se sintam tocados profundamente pela graça de Deus e possam fazer de tudo para reverter esse processo de destruição que está em andamento da nossa ‘Casa Comum’. E, como estamos vivendo um momento critico no que diz respeito à questão climática, a expectativa e o desejo é que toda a população mundial seja sensibilizada e, cada qual, também possa assumir compromissos concretos no sentido de cuidar, preservar, defender e, no que for possível, restaurar toda essa realidade socioambiental”.